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AS 10 EDIÇÕES DO CONGRESSO SOBRE O ALENTEJO

Espaço democrático de debate e reflexão sobre os grandes problemas da região e do país, o Congresso sobre o Alentejo, representativo das diferentes opiniões e sensibilidades dos alentejanos, tem procurado, ao longo da última década e meia, abordar as questões que em cada momento assumem maior relevância.

O XI Congresso do Alentejo, marcado para 16, 17 e 18 de Setembro próximo, em Santiago do Cacém, tem atrás um historial de quase uma década e meia e de uma dezena de edições deste grande fórum regional. Neste final de século, os estudos e as 10 propostas dos 10 congressos efectuados constituem um valioso património de conhecimentos e experiências, incontornáveis sempre que se trata de encontrar soluções para a gravíssima crise económica e social que persiste no Alentejo.

As primeiras notícias dando conta do interesse de círculos próximos da Casa do Alentejo em Lisboa em reunir um congresso alentejano remontam a 1932 e 1933, quando se realizaram o I e o II Congressos de Imprensa Alentejana. Após várias tentativas, só mais de 50 anos depois, em 1985, nas condições de liberdade e vivência democrática que o 25 de Abril possibilitou, foi possível concretizar o sonho.

O I Congresso sobre o Alentejo teve lugar em Évora, de 25 a 27 de Outubro de 1985, sob o lema " Semeando Novos Rumos" . Participaram cerca de 600 congressistas e foram apresentadas 140 comunicações, tendo sido debatidos, em 11 mesas, 3 grandes temas : " O Homem e o seu Enquadramento Social e Cultural " , " Recursos, Ciência e Técnica " e " Economia e Desenvolvimento Regional " ( tendo sido neste último tema abordadas questões como a agricultura e a estrutura fundiária, os grandes projectos e as linhas de desenvolvimento, a regionalização e o desenvolvimento) .

Beja acolheu o II Congresso sobre o Alentejo, de 15 a 17 de Maio de 1987 , de novo com o lema " Semeando Novos Rumos ". Cerca de 500 congressistas apresentaram mais de uma centena de comunicações sobre três grandes áreas: " História, Cultura e Sociedade no Desenvolvimento do Alentejo " , " Desenvolvimento Endógeno " e " Regionalização " .

Concebido como fórum bienal, o Congresso Sobre o Alentejo reuniu-se pela terceira vez em Elvas de 5 a 7 de Outubro de 1989 , ainda com o lema " Semeando Novos Rumos", centrando os debates nos problemas do desenvolvimento equacionados na óptica da integração de Portugal no Mercado Comum, 450 congressistas apresentaram uma centena de comunicações e debateram, na perspectiva do " Desenvolvimento e Integraçã Europeia ", a agricultura e a agro-indústria; a indústria e as suas potencialidades; o ensino e a investigação; e o planeamento e a regionalização, além da temática " Sociedade, Cultura e Património ".

Sines acolheu o IV Congresso Sobre o Alentejo, a 30 e 31 de Maio e 1 de Junho de 1991, sempre com o lema " Semeando Novos Rumos", mas agora com o slogan " Uma Década para Recuperar o Atraso " . Houve 420 congressistas e mais de 100 comunicações distribuídos por cinco secções : Desenvolvimento e Regionalização; Agricultura, Agro-Indústria e Pecuária; Turismo e Ambiente; História, Cultura e Sociedade ; e Ciências do Mar, Pesca e Aquacultura . Recorde-se que em Sines, o Congresso prestou homenagem à artista Euníce Munhoz .

O V Congresso sobre o Alentejo, convocado em sessão extraordinária, teve lugar em Beja, a 13 de Junho de 1992, sendo o tema, em período de prolongada seca, " Água, Factor de Desenvolvimento" . Cerca de meio milhar de congressistas debateram a crise agravada pela seca e exigiu - tal como acontecera nos anteriores congressos - a construção do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, como factor de desenvolvimento da região.

A 28, 29 e 30 de Maio de 1993, o VI Congresso sobre o Alentejo reuniu-se em Portalegre, ainda " Semeando Novos Rumos" mas colocando a reflexão em torno de " O Alentejo e a Europa Comunitária - Desenvolvimento Transfronteiriço " . Esta temática, do desenvolvimento transfronteiriço, a água, a cultura e o património, o turismo e o ambiente, bem como a regionalização administrativa voltaram a estar no centro das atenções dos congressistas, em debates organizados por diversos painéis . Em Portalegre, foram homenageados José Régio, Salgueiro Maia, e Túlio Espanca.

Dez anos depois, o grande fórum alentejano voltou a Évora, ali se realizando a sua sétima edição. Sempre " Semeando Novos Rumos " , o VII Congresso sobre o Alentejo decorreu de 12 a 14 de Maio de 1995 na Universidade de Évora, para reflectir sobre " O Alentejo no limiar do século XXI - A diáspora alentejana e os cenários de futuro". Diversos painéis trataram temas como demografia regional, regionalização, identidade cultural, Alqueva e desenvolvimento agrícola, ambiente e recursos hídricos, a indústria e a agro-indústria , as cidades alentejanas.

Convocado de novo em sessão extraordinária, o VIII Congresso sobre o Alentejo realizou-se em Moura, a 6 de Abril de 1996, para debater, uma vez mais, o tema " Regionalização e Desenvolvimento ". Mais de 500 congressistas reafirmaram, em clima de consenso alargado, a necessidade da regionalização, tendo a maioria defendido a criação de uma única região administrativa no Alentejo.

O IX Congresso sobre o Alentejo, ordinário, reuniu-se em Estremoz, de 26 a 28 de Setembro de 1997, com o tema " Alentejo, Políticas e Instrumentos para o Desenvolvimento ". Com trabalhos repartidos por diferentes painéis, o Congresso reafirmou a importância do empreendimento de Alqueva e da instituição da região administrativa do Alentejo para o desenvolvimento regional. Foram prestadas homenagens a Aníbal Falcato Alves, José Sena e Vítor Paquete.

Finalmente, o X Congresso sobre o Alentejo, extraordinário, realizou-se a 17 de Outubro de 1998, na vila de Serpa. Mais de 500 participantes debateram o tema " Regiões Administrativas - Factor de Coesão e Desenvolvimento", subdividido em dois subtemas : "Órgãos regionais - competências e atribuições, financiamento e relações institucionais" e "A região como factor de desenvolvimento".

Em suma : ao longo destes quase 15 anos, desde o I Congresso sobre o Alentejo, em 1985, em Évora, os grandes problemas do Alentejo e do país - de Alqueva à regionalização, sempre com a ideia do desenvolvimento presente - têm sido tratados no grande fórum dos alentejanos.

É neste sentido que este ano, uma vez mais, se realiza o XI Congresso sobre o Alentejo desta feita em Santiago do Cacém nos dias 17, 18 e 19 de Setembro de 1999, que irá funcionar em plenário. O tema recai , como vem sendo hábito, nas problemáticas dos nossos dias, sendo o lema deste ano " Descentralizar, Investir, Desenvolver - Uma Aposta no Futuro " . No limiar do novo século será fundamental debater temas tão variados como a educação, ambiente, turismo, a dinâmica empresarial , o papel da comunicação no desenvolvimento, ou ainda saúde e acção social. Para que este congresso tenha o mesmo sucesso dos anteriores, a escolha dos oradores ( ainda sem confirmações) recai em nomes que são grandes impulsionadores desta áreas .

Santiago do Cacém , 16 de Março de 1999.

O Secretariado do XI Congresso sobre o Alentejo